sábado, 4 de dezembro de 2010

Espelho que eu me olho


Não foi um acaso do acaso. Se nesse próprio acaso nós nos encontramos. E pensando bem, me pergunto: Será que foi tão acaso assim? Será que antes já não tinha visto, vivido, sentido? Será que tudo que me aparece hoje é mesmo tão novo quanto à idéia de ser?Em caminhos que antes nunca andei em vestígios que antes me pareciam algo qualquer. Encontrei em mim a razão de um viver. Não apenas por um coração que bate, mais por uma emoção que pulsa. Pulsa tão fortemente, que me revitaliza que me faz não viver, mas sentir a vida. Sinto o sangue quente que percorre em minhas veias, sinto que tudo não é igual, sinto que sou diferente. Um dia tive a audácia de acreditar que sabia e conhecia a mim mesmo, sem saber, se quer como lidar com meus medos, preocupações, crenças, atividades... Mesmo assim afirmava-me: EU ME CONHEÇO! Até porque ninguém poderia conhecer a mim mesma, se não eu.

Duvidei um dia da capacidade de uma criança.
Duvidei um dia, de um sorriso.
Duvidei um dia da força que uma tristeza pode nos proporcionar.
Duvidei um dia que podia ser um ser transformador.
Duvidei um dia, da minha imaginação.

E acima de tudo duvidei de quem eu era. E foi parti desse momento que tive duvidas sobre mim, que descobri que não me conheço, e que ninguém se conhece totalmente. A diferença entre o conhecer e um saber é que: se conhece o que se sabe, mais nem sempre o que se sabe se conhece.

Na capacidade da criança, vi a autenticidade, o medo de não errar, de não ter apenas perseverança de conseguir, mais ser a própria perseverança refletida.
O sorriso, não era apenas sorrisos... Eram portas que se abriam pessoas que na minha vida pediam: Licença. Posso entrar?

A tristeza é apenas o sinônimo de autoconhecimento de si. Onde a grande vitoria aparece no seu mais gostoso sono tranqüilo. Transformação me aguçou a imaginação de não ser mais um adulto, mais de ser uma eterna criança perseverante, que vivi a sorrir convidando a todos para entrar, com a tristeza que não faz sofrer, mais que emociona, faz refletir, fazendo perceber que nos conhecemos tão pouco.

Não sou a transformação, sou a revolução. Sou como uma arte pop: Única, ilimitável de interpretações, distinta, rústica, vibrante, da massa, do lixo, do comum, do prazer. Fui feita da ELITE dos céus, mostrada a classe média da terra. Desvenda por olhares, olhares esses que me julgam e me refazem a todo o momento em algo novo.

(Gleicy Aleixo)

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