quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Pensando cá...

Ao analisar um caso de "trauma emocional" infantil. Me surgiu a seguinte curiosidade: de onde pode partir também um "trauma" infantil,fora as hipoteses familiares e sociais que cercam essa criança? Pois bem, analisando cá com meus botões, e até mesmo com a ajuda dos meus "Grandes" alunos (rs) percebi a seguinte questão.Exemplificarei leia a seguir...

"Atirei o pau no gato-to-to .Mas o gato-to-to não morreu-reu-reu . Dona Chica-ca-ca admirou-se-se .. Do berrô, do berrô que o gato deu: Miaaau!"

Para começar, esse clássico do cancioneiro infantil é uma demonstração clara de falta de respeito aos animais (pobre gato) que crueldade (por que atirar o pau no gato, essa criatura tão indefesa?). E para acentuar a gravidade "D. Chica" não faz nada!

“Eu sou pobre, pobre, pobre, De marré, marré, marré. Eu sou pobre, pobre, pobre, De marré de si. Eu sou rica, rica, rica, De marré, marré, marré.Eu sou rica, rica, rica, De marré de si.”

Como assim? Eu sou pobre e ele é rico? Porque ele tem mais e eu não?Por que ele pode ter e eu não? Pobre crianças desde cedo tem de aprender a cruel desigualdade e má distrubuição de renda.

“Vem cá, Bitu ! vem cá, Bitu! Vem cá, meu bem, vem cá! Não vou lá! Não vou lá, Não vou lá! Tenho medo de apanhar”.

Medo! Sim, medo! Por causa desse tipo de canção os brasileiros não sentem que estão tendo sua liberdade destruída pela violência. Os brasileiros convivem com o medo como se fosse algo normal. Por isso tentam...

“O elefante queria voar. A mosca disse você vai cair! O elefante teimoso vôo, vôo...vôo e caiu”

Quando tentam revirar seu trágico destino, ainda cai! Mas pode piorar...

“Marcha soldado, Cabeça de papel! Quem não marchar direito,Vai preso pro quartel”.

De novo: ameaça. Autoritarismo e abuso de poder escondidos em versos aparentemente inofensivos...

“A canoa virou, Foi deixar ela virar, Foi por causa da (nome de pessoa)Que não soube remar”.

Ao invés de incentivar o trabalho de equipe e o apoio mútuo, as crianças brasileiras são ensinadas a apontar o dedo e condenar o semelhante. Colocar a culpa em alguém é tido como mais fácil do que refletir sobre as próprias atitudes...

“Samba-lelê está doente, Está com a cabeça quebrada. Samba-lelê precisava. É de dezoito lambadas”.

Impiedade! A moça, conhecida como Samba-lelê, encontra-se com a saúde debilitada, necessita de cuidados médicos, mas, ao invés de compaixão e apoio, a música diz que ela precisa de dezoito lambadas incutindo a idéia de que a doença é algo errado.

"Um homem bateu em minha porta, e eu abri: senhoras e senhores ponham mão no chão... E Vá pro olho da rua..."

Essa música relata o que afinal?Um assalto? A idéia de violência e roubo nos pequenos infantes?

“Fui ao Tororó Beber água não achei; Achei bela morena Que no Tororó deixei”.

Percebem o tratamento que é dado à mulher aqui? A mulher é tratada como um pedaço de carne, algo que se usam quando não tem nada melhor para fazer e depois descarta-se imediatamente para que? Para depois cantar...

“lava, lava, lavadeira... quem te ensinou a lavar?Foi, foi, foi... Foi peixinho do mar”.

Que marxismo é esse? Foi o peixinho que ensinou ela a lavar, ou ela inventou isso com medo de apanhar do marido e precisou mentir dessa forma? Quantas mulheres até hoje mentem com medo da reação de seus maridos, eh!?
E pior é quando desacredita de vez e começa a ser calculista...

"Sete e sete são catorze, Com mais sete vinte e um Tenho sete namorados E não gosto de nenhum..."

Como assim 7 namorados? Eis a origem e tendência à infidelidade

"... O anel que tu me deste Era vidro e se quebrou. O amor que tu me tinhas Era pouco e se acabou.."

Se não bastasse o papo dos 7 namorados... como crescer e acreditar no amor e no casamento depois de ouvir essa passagem “O anel se quebrou e o amor acabou?”!?

“O cravo brigou com a rosa Debaixo de uma sacada;O cravo saiu ferido E a rosa despedaçada. O cravo ficou doente, A rosa foi visitar; O cravo teve um desmaio,A rosa pôs-se a chorar”.

Desgraça, desgraça, desgraça!!! E ainda incita a violência conjugal (releia a primeira estrofe). C U I D A D O ! O refrão abaixo contém versos muito Fortes!

"Cai, cai, balão! Cai, cai, balão! Na rua do sabão. Não cai, não! Não cai, não! Não cai, não! Cai aqui na minha mão!"

Tragédia aérea com um balão (cai, cai, balão) como também é uma óbvia e clara apologia ao suicídio (cai aqui na minha mão)!

Realmente com tantos estímulos bons assim o futuro será melhor. Afinal de contas “Pior que tá não pode ficar” (Deputado Federal Francisco Everardo Oliveira Silva (Ô Tiririca) Eleito com 1,5 milhão de votos).Realmente , pior do que ta não tem como ficar mesmo!



(Gleicy Aleixo) :)

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